sábado, 3 de março de 2007

A janela sem cortina.

O nome quase não importa - não é preciso fazer tanto sentido ou explicar. O importante é imaginar uma linha imaginária entre os dois: a realidade inevitável e seu vizinho próximo, um pé no real e outro na imaginação que chega e toca todos nós. Não é difícil.

Com certeza Dante Alighieri jamais se referiu a uma parte de sua obra como “inferno dantesco”, assim como o nome original da Divina Comédia era somente Comédia.

Precisava de uma Carta, de uma Missão, de um Quem somos nós. A gerência mandou avisar que no fundo o importante era criar personagens palpáveis e interessantes - específico, não? Com o que nós tínhamos na mão era pouco. Os recursos também eram escassos e, na maioria das vezes, o sol batendo direto na cara já era o suficiente pra fazer a animação toda virar fumaça. O apartamento não tinha cortina, e a janela era enorme...enorme, e por causa do movimento constante do bater dos pés, a poeira se acumulava nos cantos da sala e dos quartos. Aí disseram lá do fundo do corredor:

“mas isso aqui tá um inferno dantesco!” - vindo de uma piada de outrora.

A coisa ficou e agora os personagens reunidos se juntam em forma de weblogs. Os diários daquela casa sem cortina serão resgatados aqui.

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